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terça-feira, 11 de julho de 2017

Por que os cientistas falam em uma epidemia de miopia - e qual a sua origem


Especialistas estimam que, em 2050, a metade da população mundial será míope; vida moderna "enclausurada" é apontada, junto à genética, entre as principais causas do problema.




Nos últimos 50 anos, o número de pessoas míopes duplicou. Estima-se que em 2020 um terço da população mundial terá o problema na visão, em 2050, a metade.
"Estamos em meio a uma epidemia global de miopia", disse o médico Earl Smith, decano da Universidade de Houston, nos Estados Unidos.
E essa epidemia tem mais incidência entre os jovens do leste da Ásia, em países como China e Coreia do Sul, onde o problema afeta quase 90% dos estudantes que concluem o Ensino Médio.
Em outras regiões do mundo, embora os números não sejam tão alarmantes, a condição também avança.
As pessoas míopes podem ver claramente os objetos que estão próximos, mas não conseguem focar objetos distantes.
Ela ocorre quando o globo ocular cresce demais e fica maior do que o normal. Essa condição visual costuma se manifestar quando as crianças estão em idade escolar e piora gradualmente até que o globo ocular complete seu crescimento.
Se não for detectado e corrigido com lentes, a miopia pode progredir e, com o tempo, aumentar significativamente o risco de catarata, glaucoma, desprendimento da retina e maculopatia míope.
Além disso, está entre as três primeiras causas de cegueira permanente no mundo.

Qual é a causa?

Os especialistas acreditam que a genética tenha um papel no desenvolvimento da miopia, mas não é o único fator.
"Há algo em nosso comportamento e nosso ambiente que está contribuindo para o aumento de casos de pessoas míopes", garante Smith, que recebeu financiamento de US$ 1,9 milhão (R$ 6,3 milhões) exatamente para investigar as causas e estratégias de tratamento.
Muitos estudos mostram que as pessoas que passam mais tempo ao ar livre são muito menos propensas a desenvolver miopia que aquelas que permanecem a maior parte do dia entre quatro paredes.
"A demanda educacional cada vez mais exigente e o fato de se passar mais tempo em espaços fechados são fatores que contribuem para que uma pessoa se torne míope", acrescenta Smith.
"Na Ásia, entre 80% e 95% dos jovens que terminam o Ensino Médio nas zonas urbanas têm miopia, e já evidências fortes de que o índice também está aumentando nos Estados Unidos e na Europa", disse ainda o especialista, um dos líderes no tema.
"Nas situações em que há uma expectativa educacional alta, é mais provável que as pessoas desenvolvam miopia”.
Smith e sua equipe estão agora se debruçando sobre os fatores ambientais, como a exposição a certos tipos de luz, que podem ter um impacto sobre o crescimento do globo ocular que leva à miopia.

O que podemos fazer?

A miopia não tem cura nem é reversível, mas o uso de óculos pode impedir ou desacelerar o avanço da condição.
Também há cirurgia com laser que altera a forma do globo ocular para corrigi-lo, embora esse procedimento não seja recomendado em crianças ou jovens que ainda estão em processo de crescimento.
A maioria dos pesquisadores concorda que estimular crianças a brincar ao ar livre ajuda a reduzir o risco de desenvolver o problema.
Também há estudos mostrando que, ao brincar ao ar livre, a miopia infantil pode avançar num ritmo mais lento.
Os especialistas acreditam que isso tem a ver com o fato de que os níveis de luz no exterior são muito mais altos que no interior.
Por outro lado, passar muito tempo focando a vista em objetos muito próximos, como lendo, escrevendo ou usando dispositivos portáteis como celulares, tablets ou laptops, pode aumentar o risco miopia, segundo o NHS, o serviço público de saúde britânico.

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Quais são os danos causados pela luz solar na lente dos olhos?


Quais são os danos causados pela luz solar na lente dos olhos?
O maior problema dos efeitos dos raios solares nos nossos olhos é que eles são cumulativos, ou seja, podem ir surgindo aos poucos, com pequenas exposições diárias ao sol, e progredindo consideravelmente com o passar dos anos.
O descuido com os olhos no contato com o sol pode levar a doenças degenerativas da região e também provocar queimaduras no globo ocular.
A exposição excessiva aos raios solares, além de afetar consideravelmente a qualidade da nossa visão, pode aumentar o risco do desenvolvimento de catarata, que, por sua vez, se não tratada corretamente, pode se desenvolver rapidamente e deixar o indivíduo parcialmente ou totalmente cego.
Uma outra doença geralmente relacionada à longa exposição dos olhos ao sol é o pterígio, que se caracteriza pelo crescimento de um tecido sobre a córnea, bloqueando fisicamente a visão do indivíduo.
Por que é importante usar óculos de sol?
Se proteger da ação dos raios solares nos olhos pode ser muito mais simples do que parece. Basta entender que o uso do óculos de sol é essencial para proteção da ação dos raios ultravioletas. Alguns profissionais da área de oftalmologia recomendam o uso de óculos de sol mesmo em dias nublados, reduzindo ao máximo a ação dos raios.



Mas não basta escolher qualquer óculos de sol para proteger seus olhos: é recomendado adquiri-lo em uma ótica de confiança, já que, nesses locais, a lente passa por tratamentos específicos (chamados de proteção UV) para evitar essas lesões causadas pelo sol.
Os óculos adquiridos em praias ou lojas não especializadas praticamente nunca passam por esse tipo de tratamento e, por esse motivo, podem até aumentar o risco de lesão ocular, já que aceleram ainda mais a ação do sol nessa região. Óculos de sol de má qualidade podem aumentar o desconforto na visão, causar dores de cabeça, acelerar doenças como a catarata, a degeneração macular, o pterígio e também elevar o risco do desenvolvimento de tumores na região dos olhos.
O que mais pode ser feito para proteger os olhos?

Outra estratégia que pode ser adicionada ao uso de óculos de sol é a ajuda de um boné, chapéu ou viseira durante a exposição ao sol, já que eles são capazes de fazer um bloqueio físico aos raios do dia.
Frequentar o sol nos horários indicados também é uma boa alternativa para diminuir a ação dos raios nos olhos: prefira sempre tomar sol entre 6 e 10h da manhã ou depois das 16h.
Além de ter o cuidado adequado com os materiais que ajudam a proteger seus olhos da ação do sol, também é preciso manter-se atento à qualidade da alimentação, que influencia diretamente a diminuição de processos degenerativos.
E você, está protegendo seus olhos dos danos gerados pelos raios solares? Ainda ficou com dúvidas sobre esse assunto? Fale conosco nos comentários!
Importante : não deixe de se consultar com seu oftalmologista de confiança regularmente !

terça-feira, 27 de junho de 2017

Fique atento aos danos que o sol pode causar nos olhos


Fique atento aos danos que o sol pode causar aos olhos

Pesquisa revela que enquanto 86% dos entrevistados lembraram-se de doenças de pele como consequência da exposição aos raios UV, apenas 30% mencionaram doenças oftalmológicas

 


Praticamente todos os efeitos do sol nos olhos são cumulativos .
Os raios UV afetam a visão tanto quanto a pele, mas a proteção dos olhos no dia a dia ainda não está no topo das preocupações da maioria das pessoas. Uma pesquisa realizada pelo Ibope aponta que enquanto 86% dos entrevistados associam problemas de pele como consequência da exposição prolongada ao sol, apenas 30% lembram-se de doenças ligadas aos olhos, como catarata e degeneração macular.

A pesquisa entrevistou mil pessoas em Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. Em Porto Alegre, por exemplo, 99% dos entrevistados lembraram-se de doenças da pele ao serem perguntados sobre os efeitos nocivos do sol. No entanto, apenas 39% das pessoas lembraram-se dos danos à visão.

Os números, entretanto, demonstram que a consciência sobre os danos dos raios UV à visão aumentou. Uma pesquisa similar, também realizada pelo Ibope, mostrou que apenas 19% dos pesquisados apontaram doenças oftalmológicas.
A maioria dos entrevistados ainda se lembra mais de doenças relacionadas à pele porque o sol causa problemas imediatos na derme como ardência por queimadura, descamação e manchas. Já nos olhos, praticamente todos os efeitos são cumulativos.

Entre as principais doenças oculares causadas pela radiação ultravioleta estão a catarata, fotoceratite, pterígio e degeneração macular.

— A catarata, opacificação do cristalino é a maior causa de cegueira tratável no mundo. Responde por 47% dos casos de perda da visão entre brasileiros e têm um crescimento de 120 mil novos casos ao ano. A única forma de tratamento é a cirurgia em que o cristalino natural é substituído por uma lente intraocular .
Da mesma forma que o sol provoca o envelhecimento precoce da pele, causa envelhecimento dos olhos.

— Em geral a catarata surge a partir dos 60 anos, mas pode ocorrer antes em quem se expõe muito ao sol. Um levantamento feito nos Estados Unidos com 834 remadores que passaram a maior parte da vida com os olhos expostos constantemente ao sol, sem proteção, mostrou que 30% deles tiveram diagnóstico de catarata por volta dos 50 anos .

Já a degeneração macular é a causa mais comum de cegueira definitiva no Ocidente. Ela ocorre quando a radiação causa a morte de células da mácula — parte central da retina, responsável pela visão de detalhes. A exposição acumulada aos raios UV causam ainda o ressecamento da lágrima, que leva à ceratite, inflamação da córnea e pterígio, que é uma forma de defesa contra o ressecamento provocado pela radiação UV, em que ocorre o espessamento da conjuntiva (membrana que cobre a parte branca do globo ocular e a superfície interna das pálpebras).

Para proteger os olhos dos danos dos raios ultravioletas, recomenda-se usar lentes de qualidade e que protejam entre 90% e 100% da radiação UV.

— Esta proteção é necessária tanto nos óculos de sol, quanto nas lentes comuns usadas no dia a dia, mas muitos se esquecem de que os raios UV nos atingem em várias situações.

Outros cuidados, como usar chapéu, boné ou viseira e evitar a exposição nos horários de pico da radiação, entre 10 e 16 horas, também são necessários.

Já que os danos dos raios UV são cumulativos, os olhos das crianças devem ser protegidos. Além disso, elas passam três vezes mais tempo ao ar livre do que adultos e estudos demonstram que 80% do tempo que passamos em ambientes externos ocorre antes dos 18 anos.

terça-feira, 20 de junho de 2017

Cuidados com os olhos durante as festas juninas / o que fazer?


Nas festas Juninas, além das comidas típicas (bolos, caldos, pamonhas, bolinhos fritos, curau, pipoca, milho cozido, canjica) e bebidas (quentão, vinho quente), temos enormes fogueiras, balões, brincadeiras como o pau de sebo e fogos de artifício entre outros, com o intuito de animar ainda mais a festividade.

Cuidados com os olhos nesse mês de comemorações é importante, pois saímos das atividades habituais quando organizamos e participamos dessas festas.

Cuidados:

1)Enormes fogueiras: os cuidados devem começar na hora do empilhamento dos pedaços de madeira, para não cair nenhuma farpa nos olhos. O que fazer caso entre no olho? Se o pedaço de madeira estiver em cima da região colorida do olho ou em cima da pupila, não tente retirar! Vá direto ao pronto-socorro.

Porém, se estiver na pálpebra inferior ou superior ou sobre a parte branca do olho, pode ser retirado com um cotonete ou ponta de lenço limpo. Para evitar transtornos, use óculos de proteção (iguais os usados em indústrias ou durante podas de arbustos no jardim).

Cuidado também na hora de ascender o fogo com o combustível, para não cair nos olhos. Caso derrame produtos químicos nos olhos:

Primeiro : vá até uma torneira e lave os olhos em água corrente por 20 minutos sem parar.

Após : pegue um cotonete , molhe-o na água e passe na parte interna das pálpebras.

Só então: vá procurar ajuda em um pronto-socorro ou com seu oftalmologista!

OBSERVAÇÃO: Você pode substituir a água corrente por soro fisiológico, mas, este deve estar muito bem acondicionado na geladeira, aberto há poucos dias e em quantidade suficiente para lavagem por 20 minutos. Lembrete: Evite deixar, ao alcance da criança, os produtos para ascender a fogueira.

2)Brincadeiras como o pau de sebo: cuidado com o trauma ocular. Caso receba uma cotovelada ou joelhada nos olhos: não pressione e nem coce os olhos. Veja sua visão, se está normal. Se perceber que houve uma queda da visão, se aparecerem manchas fixas pretas ou vermelhas na visão, se começar a ver flashes de luz (semelhante a raios ou trovões), mesmo de olhos fechados, procure seu oftalmologista ou vá para um pronto-socorro.

3)Balões: soltar balões é crime ambiental, além de provocarem queimadas onde caem, também podem provocar acidentes aéreos. Podem queimar também quem está acendendo e quem está por perto na hora de soltar o balão. Em caso de queimadura ocular, não coloque nenhum colírio ou pomada- vá imediatamente ao pronto-socorro.

4)Fogos de artifício: O perigo dos fogos envolve olhos, pés, pernas e mãos. Ao acender os fogos (buscapés e rojões), eles podem estourar e dependendo da potência, arrancar dedos, perfurar olhos e arrancar pedaços da perna e pés.

As roupas que são, na maioria sintética, também oferecem perigo, pegando fogo ao contato com uma faísca. Os estalinhos a princípio não oferecem risco.

5) Ao fazer quentão ou vinho quente: cuidado com as crianças perto do fogão. Deixe sempre o cabo da panela virado para dentro, evitando-se, assim queimadura térmica ocular por líquido escaldante na panela.

6) Se a festa Junina for em sítio ou fazenda com animais: As fezes de alguns animais ( cachorro e gato ) e de aves podem transmitir uma doença , que provoca inflamação no olho, podendo levar à cegueira . O contágio é feito através do contato: mão - fezes do animal-mão-boca. Então, é muito importante ensinar às crianças a lavarem as mãos, assim que acabarem de brincar com os animais.

Também nos sítios , as crianças devem tomar cuidado com as aves que bicam, podendo ferir os olhos.

7) Ao fazer as bandeirinhas: Não forneça à criança tesouras com pontas para cortar o papel das bandeirinhas, assim ela não correrá o risco de perfuração ocular.

Outro cuidado: no caso de olho vermelho, irritação, ardência após piscina ou fumaça da fogueira, faça compressas com gaze ou algodão embebido em água fria (não gelada) sobre os olhos fechados. Peça ao seu oftalmologista indicação de um colírio lubrificante e use nessas ocasiões.

Cuidado com os olhos durante as festas juninas

Cuidado com os olhos durante as festas juninas

Quando falamos do mês de junho é impossível não nos lembrarmos das festas juninas que dão cor e animação ao mês, desde o seu primeiro dia até o último. As comemorações são marcadas por tradições como as bandeirolas, fogueiras e comidas típicas. Neste período as pessoas que lotam os festejos em busca de diversão mas, também precisam ficar atentas aos riscos de acidentes com os olhos; afinal, muitos perigos estão escondidos nas brincadeiras típicas desta época do ano, tais como: fogos de artifício, estalinhos, fogueiras, entre outros.   
Segundo os médicos há um aumento de irritação aos olhos  durante esta época do ano pois, as fogueiras, fogos de artifício e os estalinhos costumam causar  grandes problemas, desde alergias, queimaduras e, até mesmo em casos mais extremos, perda de visão. Ainda segundo os especialistas, os fragmentos e faíscas liberados durante as explosões podem atingir o globo ocular e levar a transtornos visuais e comprometem até mesmo a visão principalmente no caso das crianças  e aí, o cuidado deve ser redobrado.
Os estalinhos ou tracks aparentemente inocentes, geralmete são lançados na parede e até mesmo em outras crianças e os resíduos podem atingir os olhos causando lesões na córnea. Já  as fogueiras também devem ser vistas com cuidado, já que suas cinzas e as brasas podem ocasionar queimaduras nos olhos e até mesmo cegueira. A fumaça pode desencadear quadros de conjuntivite alérgica ou edema de pálpebra. Ardor, desconforto e lacrimejamento são sinais de agressão à visão e devem ser levados em consideração.
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Os oftalmologistas alertam  que, em casos de incidentes com fagulhas ou objetos que atinjam os olhos, a recomendação é isolar a área afetada e procurar um especialista o mais rápido possível. Pomadas ou outras substâncias não devem ser utilizadas sobre as lesões pois, a automedicação é muito perigosa! 

O OLHO INFANTIL

O olho infantil

A visão se desenvolve durante a infância, alcançando a maturidade por volta dos cinco anos de idade. Por isso, é muito importante que problemas de visão sejam tratados o quanto antes. A consulta oftalmológica é uma medida preventiva importante, mas alguns sintomas podem indicar a presença de um problema oftalmológico:
  • apresentar olho torto (vesguice ou estrabismo);
  • dor de cabeça ou mal-estar durante ou após realizar um esforço visual, como ler, desenhar ou escrever;
  • franzir a testa ao olhar para longe;
  • aproximar objetos, livros ou cadernos dos olhos;
  • desinteresse por atividades que exijam boa visão ou leitura.
A percepção de problemas visuais em crianças pequenas é prejudicada pela fala incipiente, mas os pais podem observar no dia-a-dia sinais que podem indicar a presença de algum problema. O lacrimejamento excessivo, por exemplo, pode indicar desde uma obstrução do canal lacrimal até um glaucoma congênito. Ao perceber alguma anormalidade, a criança deve ser levada a um oftalmologista para uma avaliação.
Outro problema importante que precisa ser corrigido ainda na infância é a ambliopia, ou “olho preguiçoso”. É uma situação na qual a visão não se desenvolve plenamente em um dos olhos, embora sua aparência seja normal. Com o passar do tempo, o cérebro ignora as imagens que vem desse olho “fraco”, de tal forma que ele perde a visão. O portador de ambliopia tem dificuldade para perceber distâncias e profundidade, além de correr riscos de cegueira total, caso venha algum dia a perder a visão de seu olho saudável. A ambliopia pode ser curada se o tratamento (que requer o uso de um tampão sobre o olho sadio, de modo que o olho “preguiçoso” seja estimulado) for realizado antes que a visão tenha atingido a maturidade. Por isso, mesmo que não apresente aparentemente nenhum problema de visão, a criança deve ser examinada por um oftalmologista em seus primeiros anos de vida.
Com o início da vida escolar, também é possível perceber a presença de problemas refrativos (miopia, astigmatismo e hipermetropia). Muitas vezes, o desinteresse pelas aulas e a dificuldade de aprendizado estão associadas à dificuldade de enxergar. É recomendável levar a criança para um novo exame oftalmológico no início da alfabetização.

Como devem ser os óculos da criança e quais os cuidados necessários?

Os óculos com grau só podem ser receitados pelo oftalmologista e recomenda-se que sejam conferidos por ele após serem produzidos. As armações devem ser, de preferência, de acrílico, por serem mais resistentes, e devem estar bem adaptadas ao rosto da criança, ou seja, confortáveis. Elas não podem estar soltas, apertando o nariz ou atrás da orelha.
As hastes que se prendem atrás da orelha são melhores para as crianças. As lentes também devem ser de acrílico, pois são mais leves. Quando o grau das lentes for elevado, recomenda-se o uso de lentes especiais que deixam os óculos mais leves e mais finos. Os óculos devem ser sempre trocados quando a armação estiver torta ou se as lentes estiverem muito riscadas.
Se houver necessidade de cobrir com tampão, evite fazê-lo na lente dos óculos. Dê preferência para colocar o tampão na pele ou na armação dos óculos. Para limpar os óculos, utilize água, sabão e um pano limpo e macio que não solte fiapos.

terça-feira, 30 de maio de 2017

Rota Romântica


PARA ENXERGAR BEM - ROTA ROMÂNTICA

Para quem gosta de viajar, a beleza da experiência não está apenas na chegada ao destino, mas em todo o caminho percorrido. Quando a viagem em si já é uma jornada, aproveitar cada segundo fica ainda mais fácil. Os alemães entendem disso como ninguém: a rota romântica, trajeto de 380 km que liga 28 cidades na Baviera, não é apenas o roteiro de viagem mais popular do país, é também um dos passos mais importantes que o turismo alemão deu para se reconstruir após a Segunda Guerra.

No entanto, quem percorre o trecho que vai do rio Meno aos Alpes mergulha em uma narrativa muito mais antiga que o século XX. As cidades preservadas datam da Idade Média, o que faz a rota lembrar muito uma viagem no tempo pela história da Alemanha.

 

O meio mais popular para percorrer o roteiro costuma ser o carro, incentivado pela excelente infraestrutura das autobahns alemãs, mas as possibilidades são as mais diversas: os turistas podem utilizar os trens que ligam Frankfurt a Munique ou o ônibus exclusivo da rota. Com ele, é possível partir de Frankfurt ou Munique e parar em cada cidade com apenas uma passagem. Como a validade do bilhete é de seis meses, o viajante tem a liberdade de ficar quanto tempo quiser em cada parada.

Mas para quem gosta de ainda mais aventura, é possível fazer a viagem de bicicleta e ter o bônus de passar por uma das mais importantes estradas do Império Romano: a Via Cláudia Augusta. Localizada na parte sul do roteiro, era muito utilizada pelos romanos como rota comercial que ligava a Alemanha à Itália.

Não existe uma determinação de ponto final ou inicial da rota, os turistas escolhem quantas e quais cidades querem visitar. No entanto, alguns pontos se destacam como os mais frequentados devido às suas imperdíveis atrações, especialmente os castelos de tirar o fôlego e as coloridas cidadelas medievais.  Embora o nome rota romântica venha da preferência de muitos artistas e poetas por essas cidades durante o século XIX, período do romantismo, a paisagem inspira a contemplação e o carinho, um cenário perfeito para casais.

A primeira cidade desta lista é Wuzburg, lar do maior monumento barroco alemão, o Residence Palace. Considerado patrimônio cultural pela UNESCO, o castelo é sede da State Gallery e do Hofgarten, um delicado jardim com heranças barrocas e influências do período rococó. É possível fazer visitar guiadas pelo palácio em inglês ou alemão e a visitação ao jardim é gratuita.

Outra marca registrada da cidade é a Festung Marienberg, uma fortaleza medieval que data do século XIII e até hoje domina a paisagem da cidade. Em uma só visita é possível conhecer a fortaleza, o jardim Fürstengarten, o portão Scherenberg e a igreja Marienkirche.

Os visitantes costumam pernoitar em Wurzburg para aproveitar a deliciosa comida da Baviera e a calorosa hospedagem local.  Depois, é hora de seguir viagem para Rothenburg ob der Tauber, uma pequena cidade que é considerada por muitos a mais bonita do trajeto.

 

 

Tudo em Rothenburg lembra a Idade Média: suas vielas de paralelepípedo, a muralha decorada com flores, as casas coloridas em estilo enxaimel, os portões e torres. Rotenburg abriga um dos conjuntos arquitetônicos medievais mais bonitos de toda a Alemanha, além de vários museus dedicados ao tema e é também famosa por realizar uma das decorações de natal mais bonitas de todo o país.

A próxima parada, Augsburg, não fica devendo nada às vizinhas quando o assunto é importância histórica. A cidade é lar da família Fugger, que estava entre as mais ricas do mundo na Idade Média e promoveu grandes melhorias no local desde então, como os Fuggerei, o primeiro conjunto habitacional do mundo, criado em 1521 por Jakob Fugger. A prefeitura de Augsburg também é uma grande atração local, impressionando por seu exterior e principalmente pelas atrações interiores, como o Goldener Saal, ou Salão Dourado, cujas paredes e teto são folheados em ouro 24k.

A abadia de St. Ulrich e Afra é outro destaque da cidade, assim como os festivais criados em homenagem a seus ilustres moradores, a família Mozart e o dramaturgo Bertold Brecht. Em todo o ano são abundantes as opções gastronômicas, especialmente nos bares e restaurantes do centro da cidade, que é também a terceira maior da Baviera.

A última parada é Füssen, cidade que ganhou fama mundial pelos castelos ao seu redor.  O mais famoso deles, o Neuschwanstein, serviu de inspiração para o castelo da Cinderela, criado por Walt Disney em Orlando.  Na verdade, seu grandioso projeto nunca foi concluído devido à morte de seu idealizador, o rei Ludwig II da Baviera, que desejava torná-lo o castelo mais bonito do mundo. Seu nome, que significa “novo cisne de pedra” é inspirado nas óperas do compositor Richard Wagner, amigo de Ludwig II.

Hohenschwangau  pertenceu ao pai de Ludwig II e foi onde o rei passou sua infância. O castelo tem vista para o Neuschwanstein e é completamente aberto à visitação, pois todos os seus cômodos estão completos. Mas Füssen oferece ainda mais atrações a seus visitantes.

A cidade também é famosa pela tradição do artesanato e no Altstadt, o centro histórico, os viajantes encontram diversas opções de entretenimento e gastronomia. Lá também está localizada a entrada para a Via Cláudia Augusta, um encanto a mais para os amantes de bicicletas.

Com tantos pontos turísticos para admirar, impossível não se apaixonar pelas belezas da Rota Romântica, um destino de férias que inspira o olhar para a tradição e o esplendor das épocas passadas, mas também convida à fruição do tempo presente. Uma viagem para aproveitar cada momento sem pressa e não esquecer jamais.

 


quarta-feira, 10 de maio de 2017

Chikungunya pode levar a danos irreversíveis nos olhos

Exames oftalmológicos feitos em pacientes que tiveram chikungunya revelaram lesões de diferentes graus (Foto: Hermelino de Oliveira Neto/Divulgação)

Chikungunya pode levar a danos irreversíveis nos olhos, indica estudo
Pesquisadores fazem acompanhamento da saúde ocular de pessoas que tiveram chikungunya em Feira de Santana, na Bahia. De 2015 para 2016, casos de chikungunya aumentaram 606%

A característica mais marcante da chikungunya são as fortes dores nas articulações, que podem persistir por muito tempo depois da fase aguda da infecção. Lesões vasculares, inchaço, perda de sensibilidade e até queda de cabelo são sequelas que já foram identificadas na fase crônica da doença. Agora, pesquisadores brasileiros estão monitorando as complicações oculares que o vírus transmitido pelo Aedes aegypti pode desencadear.
Resultados preliminares de um estudo conduzido em Feira de Santana, na Bahia, indicam que mais da metade dos pacientes com chikungunya avaliados apresentam alterações oculares que levaram, em alguns casos, à perda parcial ou total da visão de forma irreversível. Os dados foram apresentados em fevereiro no 40º Simpósio Internacional de Oftalmologia Moacyr Álvaro (Simasp), em São Paulo.
O oftalmologista Hermelino de Oliveira Neto, professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) está à frente do projeto, feito em parceria entre a UEFS e pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
A literatura médica já apontava para a possibilidade de a chikungunya afetar a saúde ocular. Um artigo de 2007 publicado na revista “Clinical Sciences” descreveu casos de neurite óptica, um tipo de inflamação do nervo óptico, em pacientes infectados pelo vírus na Índia. Mas o número elevado de casos registrados no Nordeste do Brasil permitiu fortalecer as evidências dessa associação.
Feira de Santana foi uma das primeiras cidades brasileiras a registrar casos de chikungunya em 2014. Uma iniciativa da Fiocruz e da UEFS passou a acompanhar pacientes com chikungunya na cidade para verificar os efeitos de longo prazo da doença. A equipe de Hermelino passou a fazer exames oftalmológicos nos pacientes que já eram acompanhados pelo projeto. O atendimento oftalmológico se dá uma vez por mês e começou em novembro. Até o momento, foram avaliados 87 olhos de 44 pacientes com exames positivos para chikungunya.

Do total de pacientes avaliados, 75% relatou queixas oculares, desde as mais simples até as mais intensas, e 54% apresentou lesão nos olhos. Em 5% dos pacientes, foi detectada uma lesão importante na retina e no nervo ótico que levou a uma baixa de visão severa e irreversível.
É importante termos o conhecimento de que essa doença cega. Tenho uma paciente que está cega por uma doença que poderia ser evitada”, diz Hermelino. Para ele, os resultados reforçam a importância de se prevenir a proliferação da doença e de estudar novas formas de intervenção que possam diminuir os riscos de complicação na fase aguda da doença.
Até o momento, ainda não está claro como o vírus atua para afetar a visão. Hermelino explica que existe uma suspeita de que o vírus agrida os olhos diretamente. Outra suspeita é que se trata de um fenômeno autoimune: que os anticorpos produzidos para combater o vírus levariam a um processo inflamatório intenso que afetaria os olhos.

Alterações oculares por Chikungunya

Neurite óptica
Conjuntivite
Iridociclite
Episclerite
Retinite
Uveíte



Fonte: Por Mariana Lenharo, G1

11/03/2017 06h00 Atualizado 15/03/2017 14h14