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segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Monet e a catarata

A Cegueira de Claude Monet

Quando um cantor perde a voz, ele se aposenta. Também o pintor que não enxerga deve abandonar a pintura, mas isso eu sou incapaz de fazer. Claude Monet.
Impressão: Nascer do Sol (1872). Claude Monet. Óleo sobre tela, 48x63cm. Marmottan Monet (Paris).
Em 1873, o impressionante artista Oscar-Claude Monet (1840-1926), com a impressionável pintura Impressão, Nascer do Sol, gestou o termo impressionismo para um movimento artístico inteiramente novo .

A técnica de Monet, - considerada mais tarde como umas das belas do mundo - mostrava-se bastante peculiar. Caracterizada pela representação da luz e movimento utilizando pinceladas soltas, as imagens formadas nas telas aparentam ser de perto apenas borrões, mas, ao distanciar a visão, o examinador passa a enxergar as formas nitidamente.

Monet não imaginava que, por conta de uma doença ocular, a “impressão” do estilo que fundou se projetaria fielmente em sua vida. Com a progressão da doença, ele passaria a ver o mundo turvado e delineado por manchas coloridas, tal como o representava em suas telas. Também ele, assim como os observadores de suas obras, precisaria alcançar de longe a limpidez que não mais estaria diante de seus olhos. O pintor conseguiria, mais tarde, se distanciar e encontrar tal nitidez — com a ajuda da memória — no fundo de sua alma.

Diante das belas paisagens venezianas, em 1908,Monet começou a notar que já não enxergava perfeitamente. Em 1912, aos 72 anos, ele procurou especialistas relatando uma enorme quantidade de problemas com sua visão. Queixava-se predominantemente de turvação visual e dificuldade na percepção de cores. Constatada uma acuidade visual de 20/200 no melhor olho, deram-lhe o diagnóstico de catarata nuclear bilateral.

A catarata adquirida é considerada a causa mais comum de cegueira (perda visual completa) no Mundo. O tipo “nuclear” é o mais associado à perda da diferenciação de cores nas fases iniciais. À medida que o cristalino vai se opacificando, a visão vai ficando lenta e progressivamente borrada, surge também uma perda da definição das letras e objetos. Com o tempo, o aumento da opalescência do cristalino vai agravando o borramento visual e então o paciente passa a ter dificuldade na visão para perto e longe. Além da alteração da visão de cores, as imagens costumam ficar “nubladas e enevoadas”.

A doença pode ter acometido Monet por conta das muitas horas em que ficou com seus olhos expostos ao sol. Sabe-se que a radiação ultravioleta é um clássico fator de risco para catarata, perdendo em importância apenas para a idade avançada. Monet pintava ao ar livre, preferencialmente ao meio dia, visto ser a representação do efeito que a luz solar produz sobre a natureza uma importante característica do impressionismo.

Como tratamento, foi-lhe recomendado cirurgia para o pior olho, mas, embora a operação fosse relativamente segura nesta época, Monet resistiu por medo de perder totalmente o pouco que lhe restava da visão (fato que ocorreu com um amigo que fora submetido a mesma cirurgia).

Durante o período em que sofreu com a doença, ele produziu alguns de seus trabalhos mais marcantes e característicos. Sua visão tornou-se progressivamente mais acastanhada em sua essência; o artista enxergava através de uma opacidade densa amarelo-marrom.

Não percebo mais as cores com a mesma intensidade nem pinto a luz com a mesma precisão. O vermelho aparece lamacento para mim; já o rosa, insípido; e os tons intermediários ou menores me escapam por completo. O que eu pinto está cada vez mais escuro, mais e mais como uma fotografia antiga.

A catarata limitava severamente sua discriminação de cores e, como forma de “sobrecompensação”, Monet passou a pintar com tonalidades mais intensas.

Water Lilies (1916). Claude Monet.
Pinturas de nenúfares e salgueiros, ao longo do período 1916-1922, exemplificam a mudança. Os tons se tornaram mais enlameados e escuros, as formas surgem bem menos distintas, sua sensibilidade de contraste está diminuída, as pinceladas são mais fortes e as cores mais intensas.

À esquerda: pintura de Monet da ponte japonesa em seu jardim em Giverny (1899); A mesma cena (meio) que ele tentou capturar novamente entre 1918-1922 mostra que as cataratas turvaram sua visão e que o amarelamento das lentes de seus olhos prejudicaram sua visão do azul e do verde, deixando-o num mundo mais "vermelho e marron". À direita: Imagem computadorizada criada por especialistas mostrando como Monet enxergaria em 1924.

Em 1920 a visão de Monet se deteriorou gravemente, ele já não era capaz de distinguir os tons e, com o intuito de continuar as produções isento de cometer erros, providenciou uma paleta em que mantinha uma ordem regular de cores. Mais adiante, o artista tornou-se capaz de enxergar apenas vultos, a partir de então, passou a pintar imagens que guardava na memória.

Frustrado com a perda da visão, em 1922 ele escreveu a Marc Elder: Para criar uma aura impressionista, confio apenas nos rótulos dos tubos de tinta e na força do hábito dos meus 50 anos de trabalho.

Mais tarde, em uma entrevista, ele disse: No fim, terei que admitir que estou arruinando minha arte, parece que já não sou capaz de produzir algo belo. Já destruí várias das minhas telas. Hoje estou praticamente cego e deveria renunciar a pintura completamente.

Em janeiro de 1923, o Dr. George Clemenceau convenceu Monet a se submeter à cirurgia. A operação foi realizada em dois estágios: uma iridectomia preliminar seguida por uma extração extracapsular da catarata.

Pós-recuperação, Monet tinha grande dificuldade para se adaptar. Ele não conseguia enxergar com ambos os olhos ao mesmo tempo e se queixou de que os objetos adquiriram uma curvatura anormal.

Sinto que se eu der um passo, vou cair no chão. Perto ou longe, tudo é deformado e dúbio. Enxergar dessa maneira é intolerável. Persistir parece perigoso para mim. Se eu estava condenado a ver a natureza como a vejo agora, preferiria continuar cego e manter as memórias das belezas que sempre enxerguei.

Monet também se queixava da marcante diferença entre a percepção de cores entre os olhos, dizendo que tudo que via com seu olho afácico adquirira uma tonalidade azul. Mais tarde, óculos com uma tonalidade verde-amarelo lhe foram prescritos, o que o levou para fora de seu desespero. Monet pintou até a sua morte, em dezembro de 1926, por doença pulmonar obstrutiva crônica e câncer de pulmão.

A concepção global de que pintores produzem suas obras traduzindo “aquilo o que enxergam” suscitou a compreensão geral de que os olhos de Monet eram não somente a janela de sua alma, mas também a porta para seu universo artístico. Presume-se que qualquer mudança significativa na visão do pintor afetaria sua interpretação e tradução artesanal do mundo. A catarata seria prejudicial aos detalhes fundamentais de seu estilo, tais como a sensibilidade requintada à luz, às cores e aos detalhes morfológicos. Podemos nos perguntar então a que se atribui a grandeza de Monet?

A excelência artística de Monet tem raiz por detrás do cristalino, na organização espetacular da sua "lente cerebral". Enquanto enfrentava um grave declínio da função ocular, o gênio escalou alturas da visão artística. A quase total cegueira de Monet, aliada aos seus esforços incansáveis para vencer a deficiência, provocou ao fim um efeito positivo sobre o seu trabalho.

A luta apaixonada de Monet por sua arte faz-me lembrar as encantadoras palavras de Victor Hugo em sua magnânima obra Os Trabalhadores do Mar:
...O consentimento da alma recusado ao desfalecimento do corpo é uma força imensa.[...] Os teimosos são os sublimes. Quem é apenas bravo tem um assomo, quem é apenas valente tem só um temperamento, quem é apenas corajoso tem só uma virtude; o obstinado na verdade tem a grandeza. Quase todo o segredo dos grandes corações está nesta palavra: - Perseverando. A perseverança está para a coragem como a roda para a alavanca; é a renovação perpétua do ponto de apoio. Esteja na terra ou no céu o alvo da vontade, a questão é ir a esse alvo. [...] Não deixar discutir a consciência, nem desarmar a vontade, é assim que se obtém o sofrimento e o triunfo. Na ordem dos fatos morais o cair não exclui o pairar. Da queda sai a ascensão. Os medíocres deixam-se perder pelo obstáculo especioso; não assim os fortes. Perecer é o talvez dos fortes, conquistar é a certeza deles. [...] A perda das forças não esgota a vontade, crer é apenas a segunda potência; a primeira é querer; as montanhas proverbiais que a fé transporta nada valem ao lado do que a vontade produz.(Victor Hugo, 1866).

REFERÊNCIAS:
1.MARMOR, MF. “Ophthalmology and Art: Simulation of Monet’sCataracts and Degas’ Retinal Disease.” ARCH OPHTHALMOL/VOL 124, DEC 2006.
2.Lanthony P. Cataract and the painting of Claude Monet. Points de Vue. 1993;29:12-25.
3.Ravin JG. Monet’s cataracts. JAMA. 1985;254:394.399.
4.Projeto Diretrizes “Catarata: Diagnóstico e Tratamento”. Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina

MAPA DE ANATOMIA: O OLHO.

Que tal um pouco de poesia em nossas vidas?
Cecilia Meireles escreveu este belo poema sobre o olho.
O Olho é uma espécio de globo,
é um pequeno planeta
com pinturas do lado de fora.
Muitas pinturas:
azuis, verdes, amarelas.
É um globobrilhante:
parece cristal,
é como um aquário com plantas
finamente desenhadas: algas, sargaços,
miniaturas marinhas, areias, rochas,
naufrágios e peixes de ouro.

Mas por dentro há outras pinturas,
que não se vêem:
umas são imagens do mundo,
outras são invetadas.

O Olho é um teatro por dentro.
E às vezes, sejam atores, sejam cenas,
e às vezes, sejam imagens, sejam ausências,
formam, no Olho, lágrimas.

Leia mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=234 © Luso-Poemas

Mapa de anatomia: o Olho
 
O Olho é uma espécie de globo,
é um pequeno planeta
com pinturas do lado de fora.
Muitas pinturas:
azuis, verdes, amarelas.
É um globo brilhante:
parece de cristal,
é como um aquário com plantas
finamente desenhadas: algas, sargaços,
miniaturas marinhas, areias, rochas, naufrágios e peixes de ouro.
 
Mas por dentro há outras pinturas,
que não se vêem:
umas são imagens do mundo,
outras são inventadas.
 
O Olho é um teatro por dentro.
 
E às vezes, sejam atores, sejam cenas,
e às vezes, sejam imagens, sejam ausências,
formam, no Olho, lágrimas.
 
O Olho é um teatro por dentro.
 
o achado poético provém da exuberante, da magistral: cecília meireles.
 
a poesia foi lançada no seu livro “o estudante empírico”, que reúne uma safra de textos escritos entre os anos de 1959 e 1964.
 
aqui, a poeta traça o que intitula de “mapa da anatomia”, um tipo de representação gráfica de um órgão que, segundo cecília, é uma espécie de pequeno planeta, de pequeno globo, o globo ocular: o olho. nas linhas, o status adquirido de “astro” é verificado no modo de escrevê-lo, sempre com letra maiúscula: o Olho.  
 
a partir daí, a descrição de tal estrela: o olho é uma espécie de pequeno planeta com pinturas do lado de fora. é como um aquário às avessas, um aquário onde o que é abrigado não está contido dentro, mas fora, na parte externa ao aquário — a paisagem que nos cerca, o mundo —. pinturas do lado de fora as mais variadas: azuis, verdes, amarelas, pinturas tropicais, pinturas compostas com as cores da bandeira brasileira, retratos de algas, sargaços, miniaturas marinhas, areias, rochas, naufrágios, peixes. 
 
no entanto, esclarece a poeta: por dentro desse aquário também há pinturas, porém pinturas de outra natureza, as que não podem ser avistadas: umas são as imagens do mundo, as interpretações nossas acerca do entorno; outras são inventadas: sonhos, desejos, insanidades.
 
(a percepção de que tudo o que habita este “planeta ocular” passa, sempre & antes, por uma interpretação, por um julgamento, por uma apreciação crítica de quem vê.)
 
portanto: o olho é um teatro por dentro.
 
e como teatro, os atores, ou a falta deles, os cenários, ou a ausência destes, nas peças existenciais (onde somos os artistas principais), formam, inúmeras vezes, em inúmeros momentos, por inúmeras razões, lágrimas. coisas do teatro, desta realidade fantástica, desta realidade das fantasias que vestimos nas atuações nossas de cada dia (rs)…  
 
assim como eu, apreciem este texto (sem moderação).
 
vale a mirada.
 
Paulo Sabino.
 

O Olho é uma espécio de globo,
é um pequeno planeta
com pinturas do lado de fora.
Muitas pinturas:
azuis, verdes, amarelas.
É um globobrilhante:
parece cristal,
é como um aquário com plantas
finamente desenhadas: algas, sargaços,
miniaturas marinhas, areias, rochas,
naufrágios e peixes de ouro.

Mas por dentro há outras pinturas,
que não se vêem:
umas são imagens do mundo,
outras são invetadas.

O Olho é um teatro por dentro.
E às vezes, sejam atores, sejam cenas,
e às vezes, sejam imagens, sejam ausências,
formam, no Olho, lágrimas.

Leia mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=234 © Luso-Poemas

Câncer de Próstata - Novembro Azul

Dados do câncer de próstata

Pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), que entrevistou cinco mil homens em 2013, revelou que 47% dos entrevistados nunca realizaram exames para detectar o câncer de próstata, 44% jamais se consultaram com o urologista e 51% nunca fizeram exames para aferir os níveis de testosterona (hormônio masculino) no sangue.


Diante desses números, não é de se assustar que o câncer de próstata, hoje, seja o segundo que mais acomete homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. Para 2014, são esperados 68.800 novos casos dessa neoplasia, segundo o último levantamento realizado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA).


Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida.


Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte. A grande maioria, porém, cresce de forma tão lenta (leva cerca de 15 anos para atingir 1 cm³ ) que não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem.





Dúvidas básicas:



O que é o câncer de próstata?
Câncer, também conhecido como neoplasia, é uma doença na qual ocorre um crescimento exacerbado e desordenado de algumas células. No caso do câncer de próstata, essas células são originariamente da próstata, e podem invadir os tecidos e órgãos e espalhar-se para outras partes do corpo, o que denominamos metástases.



Como se desenvolve?
Habitualmente o câncer de próstata é uma doença indolente, de crescimento lento, habitualmente acometendo homens com idade acima de 50 anos. Embora não seja conhecida sua causa, é sabido que fatores genéticos estão envolvidos, sendo que homens com parentesco de 1° grau de neoplasia de próstata apresentam risco mais elevado de desenvolver a doença.



O que o paciente sente?
Na fase inicial, os pacientes não apresentam sintomas. Grande parte dos pacientes permanecerá assintomática ou terão sintomas urinários (dificuldade para urinar e aumento da freqüência urinária), posteriormente podendo evoluir para quadro de obstrução urinária, dor no reto ou óssea, fraqueza e desânimo.



Como se faz o diagnóstico?
  O diagnóstico de certeza é feito com a biópsia da próstata. Os pacientes que apresentarem no sangue aumento do antígeno prostático específico (PSA em inglês) e/ou alteração no toque retal são candidatos à realização de ultra-sonografia transretal com biópsia da próstata para verificar a presença da doença na próstata.



Como se trata?
  O tratamento do câncer da próstata é multidisciplinar, podendo envolver cirurgia, radioterapia, uso de hormônios ou quimioterapia. A escolha do tratamento ideal é feita dependendo do estágio da doença e das características de cada paciente.



Qual é o prognóstico?
O prognóstico no câncer de próstata está relacionado com o estágio da doença ao diagnóstico, o tipo de câncer (existem alguns tipos mais agressivos que outros) e o estado geral do paciente.



Existe maneira de fazer o diagnóstico precoce do câncer de próstata?
O diagnóstico precoce do câncer de próstata é feito através do uso da medida do PSA e do exame clínico periódico, como screening da doença. Entretanto, mesmo adotando essa prática para a detecção precoce da doença não foi observado que naqueles em que a doença foi diagnosticada mais precocemente a sobrevida elevou-se. É por esta razão que instituições como o Instituto Nacional do Câncer não recomenda a utilização do screening em câncer de próstata.



Existe cura para o câncer de próstata?
  Sim, em vários casos, quando a doença é diagnosticada em fase inicial e o tratamento é adequado.



Deve-se operar ou não?
Se a neoplasia de próstata é diagnosticada em estágios iniciais, a cirurgia é uma das opções terapêuticas, assim como a radioterapia e a braquiterapia.

*A campanha teve início nos Estados Unidos, onde leva o nome de Movember – junção das palavras moustache (bigode, em inglês) e november (novembro).

sábado, 30 de julho de 2016

Trabalho em Equipe

E hoje nossos colaboradores tiveram uma proveitosa manhã de treinamento com a Dra. Julia Vieira da DH Consultoria. Tema: Trabalho em Equipe. Muitas dinâmicas e aprendizado.







domingo, 17 de julho de 2016

Fui ao cinema assistir a um filme 3D, mas não consegui ver as imagens! Por quê?

A visão de profundidade (3a dimensão -3D ou estereoscópicas), somente existe se ambos os olhos estiverem paralelos e com boa visão.



Os olhos encontram-se separados entre si, 6 cm e possuem 6 músculos cada um, que possibilitam sua movimentação para todos os lados. Existe uma sincronia nos músculos dos dois olhos, para que permaneçam paralelos, olhando na mesma direção.

Assim, cada olho recebe imagens iguais e o cérebro as funde em uma só. Embora as imagens dos dois olhos sejam combinadas de modo exato, continuam distintas o suficiente para dar este efeito e volume, criando assim uma nítida sensação de profundidade.

Se um dos olhos estiver desviado (estrabismo), estará focando outra imagem (figura 2), ou se uma imagem de um olho for borrada e a do outro não, o cérebro não conseguirá fundir essas imagens pois não são iguais, escolhendo uma só e desprezando a outra. A isso, chama-se “visão monocular”. Na visão monocular, não há noção de profundidade.

Portanto, se você for portador de visão monocular, não conseguirá perceber o a imagem 3 D no cinema ou na TV.

Redação: Regina Carvalho e Dr Paulo Augusto de Arruda Mello 
OCT é um exame capaz de ver detalhadamente (em três dimensões) a retina e o nervo óptico. Também possibilita a obtenção de cortes ópticos seccionais da estrutura da retina.



A resolução é superior ao ultrassom convencional e não exige contato ocular direto.

Como é feito o exame?
O paciente deverá dilatar as pupilas para fazer esse exame, que é indolor e confortável, A permanência do paciente durante a realização do exame é breve totalizando geralmente não mais que 15-20 minutos para um exame bilateral.

O aparelho não encosta no olho, apesar de chegar a apenas alguns centímetros.

O paciente deve ficar com o olho imóvel, pois pequenos movimentos oculares ou lacrimejamento podem levar a repetição do exame inúmeras vezes e até mesmo, tornar-se inconclusivo.

De acordo com a visão do paciente, o método de fixação é selecionado: interno (fixação na lente ocular do aparelho pelo olho a ser rastreado) ou externo (fixação do olho contralateral), visando minimizar a movimentação durante o exame.

Para que serve esse exame?
Os aparelhos atuais fazem vários tipos de varreduras, que permitem a avaliação do disco óptico, da camada de fibras nervosas da retina, da estrutura tecidual da retina neurossensorial e do complexo epitélio pigmentário da retina/coriocapilar.

É indicado no diagnóstico de alterações retinianas, como na retinopatia diabética, degeneração macular relacionada à idade e buraco macular. Este aparelho oferece um grande benefício aos pacientes com Glaucoma, sendo o mais avançado em diagnóstico e controle da progressão. Também, no Glaucoma, ajuda no detalhamento do estudo da papila óptica e da camada de fibras nervosas.

A análise das imagens obtidas pelo exame de OCT tem sido de grande relevância, tornando esse método um exame subsidiário essencial não somente para diagnóstico, mas mandatório no segmento de determinadas alterações, principalmente do pólo posterior e da região do disco óptico.

Observação:- O exame não pode ser feito em caso de opacidade de meios significativa, como por exemplo, catarata, que impede o exame de fundo de olho.

Autoria:
Dr. Newton Kara-José 

Uso lentes descartáveis: tenho que limpá-las mesmo sabendo que vou joga-las fora em alguns dias? Por quê?


É limpando as lentes com o produto adequado, que removemos a sujeira que está no ar e que adere nas lentes, removemos também a fuligem, corpos estranhos minúsculos que vem com o vento, maquiagem e componentes da lágrima, como gordura, muco e proteína.

Quando deixamos as lentes submersas em produto durante 6 horas, eliminamos microrganismos que ficam nas lentes, evitando que entrem em contato com os olhos.

Lentes sujas e com microrganismos, aumenta a chance de complicações oculares como ceratites e úlceras de córnea.

Lentes limpas e sem microrganismos diminui drasticamente as possibilidades de complicações oculares.

Mas, se usar lentes descartáveis de um dia, não há necessidade de limpeza porque você coloca e joga fora no mesmo dia.

Porém, para todas as outras maneiras de descarte, há necessidade de limpeza e desinfecção.

Detalhe: Soro Fisiológico não limpa a sujeira das lentes. Também não desinfeta e não remove proteínas.

Há alguns anos atrás, recomendava-se usar o Soro para enxaguar as lentes após lavá-las com produto de limpeza. Porém hoje o seu uso é questionado por diversos oftalmologistas, já que não há como evitar a contaminação do frasco e consequentemente do produto, uma vez aberto. Assim, de preferência, não use Soro Fisiológico na limpeza de suas lentes.

Use produtos específicos para limpeza e desinfecção das lentes.

E NUNCA use água de torneira para enxaguar as lentes. Use somente o produto químico que faz muito por suas lentes: limpa, reidrata, enxágua, desinfeta e conserva.

Autoria:
Regina Carvalho e Dr Newton Kara José

Glaucoma p

Glaucoma Agudo

Degeneração Macular Relacionada a Idade

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Educação Continuada

E ontem ocorreu mais um encontro científico. O laboratório Hoya nos apresentou as novidades em lentes oftálmicas e a Dra. Luanna Biana discorreu sobre : Lacrimejamento x Epífora. Desta vez inovamos com video conferência para os colegas impossibilitados de comparecer. Educação continuada sempre!




terça-feira, 5 de julho de 2016

Por que mulheres precisad de óculos para perto antes que os homens?

As diferenças na anatomia do olho e na capacidade de foco fazem com que as mulheres precisem de correção da presbiopia mais cedo do que os homens?
De acordo com um novo estudo Meta-Analysis of Sex Differences in Presbyopiapublicado no IOVS, Investigative Ophthalmology & Visual Science estas não são as razões para este fato. Tal necessidade está relacionada ao comprimento do braço e/ou a distância tomada da leitura preferida.
Para chegar a esta conclusão, foi feita uma meta-análise de nove estudos transversais que forneceram dados suficientes para comparar a prevalência e a magnitude da presbiopia entre homens e mulheres.
Segundo os pesquisadores, em média, os braços das mulheres são mais curtos do que os dos homens, e com o passar do tempo, se torna mais difícil ler apenas com o auxílio do comprimento do braço, ou seja, afastando o livro/tablet/celular para mais longe dos olhos. Por isto, as mulheres precisam de uma correção precoce da presbiopia, consequentemente, fazendo uso de óculos de leitura mais cedo. Elas também precisam de óculos de maior potência de leitura ou de bifocais muito antes que homens da mesma idade.
“A presbiopia não corrigida é uma importante causa de deficiência visual no mundo. Uma maior compreensão da etiologia da doença e de seus fatores de risco pode levar a mudanças nos métodos de correção deste problema, levando em conta as diferenças sexuais.
Correção da presbiopia

Sobre a presbiopia e sua correção alguns pontos importantes sobre o tema:
·         Presbiopia em grego significa “olho envelhecido.” Quando a presbiopia começa a se desenvolver, por volta dos 40 anos (ou um pouco antes), o paciente irá sentir dificuldade para focar. Geralmente, a dificuldade está relacionada à leitura de letras pequenas. “Quando o paciente começa a segurar o seu livro cada vez mais longe, a fim de ler confortavelmente, este é um sinal precoce da presbiopia. Além de esticar o braço para ler, o paciente também vai começar a precisar de mais luz para ler confortavelmente. Essa incapacidade de ver imagens nítidas em todas as distâncias é natural, mas pode ser corrigida.
·         O processo da vista cansada atinge 100% da população, se inicia aos 40 anos e finda aos 50. Após esta idade, quando não existe mais o poder de acomodação, pode ser avaliada a possibilidade de correção cirúrgica da visão de perto. “A escolha da técnica dependerá, dentre outros fatores, do estilo de vida, da profissão e dos hábitos do paciente, pois ainda não existe uma técnica única para a resolução deste problema.
·         Diferentes tipos de lentes podem corrigir a presbiopia. “Se o paciente nunca havia usado óculos antes, um par de óculos de leitura pode ajudá-lo a ler ou a realizar tarefas que exijam uma boa visão de perto. Se o paciente precisa corrigir outras condições visuais, o oftalmologista pode prescrever óculos bifocais, trifocais ou lentes de óculos multifocais, que têm diferentes ‘zonas’ que permitem ver em distâncias múltiplas. As lentes de contato multifocais e bifocais também estão disponíveis para pessoas com presbiopia.
·         Não existem tratamentos definitivos para a presbiopia, mas a correção da visão feita cirurgicamente pode livrar o paciente da necessidade de usar óculos ou lentes de contato, ou pelo menos, torná-lo menos dependente deles. “Hoje, contamos com lentes intraoculares que podem corrigir a presbiopia e outros vícios de refração, ao mesmo tempo.

sábado, 2 de julho de 2016

Perigos de nadar usando lentes de contato




Segundo notícia publicada no Daily Mail, Jennie Hurst está oficialmente cega de um olho depois de nadar com suas lentes de contato em uma piscina de hotel. A britânica usava lentes de contato com descarte mensal e, segundo o que ela mesma diz, sempre observou as recomendações médicas relativas ao uso das lentes.
No entanto, enquanto estava de férias, ela relaxou e nadou usando suas lentes de contato. Como consequência, contraiu uma ceratite por Acanthamoeba, uma infecção causada por um parasita que vive em todos os tipos de água.
De acordo com o relato de Jennie ao jornal, ela se lembra de que ao nadar, sentiu que um pouco de água havia entrado em suas lentes. Três dias depois, ela percebeu que seu olho esquerdo estava muito sensível à luz, irritado. Então, ao longo do quarto dia após o mergulho, a dor no olho tornou-se muito intensa, o que a fez procurar um pronto-socorro. Seis meses depois, ela já havia passado por quatro cirurgias oculares e ainda estava fazendo tratamento para tentar restaurar parte da visão de seu olho esquerdo.
O caso ressalta os perigos inerentes da natação com lentes de contato. Medidas simples, como o uso de óculos de proteção durante a natação, podem diminuir muito as chances de se contrair uma infecção que coloque em risco a visão, porém o ideal é que as lentes de contato não entrem em contato com água de piscina ou torneira.
Atenção e cuidado no manejo das lentes de contato
Nadar com as lentes de contato é uma prática que deve ser evitada sempre que possível para ajudar a prevenir a contaminação dos olhos por bactérias. Nadar com as lentes pode resultar em infecção, irritação, úlcera de córnea e até mesmo a perda de visão, como no caso da paciente britânica.
Segundo a médica, o ideal, em termos de uso e prevenção de problemas, é que as lentes de contato não sejam expostas a nenhum tipo de água, incluindo a água da torneira, a água de piscinas, oceanos, lagos, banheiras de hidromassagem e até mesmo a água do chuveiro.
Isso porque a água é o lar de inúmeros micróbios perigosos. Um dos mais graves é justamente o organismo Acanthamoeba, que pode se anexar às lentes de contato e afetar seriamente a córnea, provocando infecção e inflamação. Esta condição, chamada de ceratite por Acanthamoeba, está associada ao uso das lentes de contato durante o contato com a água  e pode causar perda permanente da visão ou exigir um transplante de córnea para cessar a infecção e recuperar a visão perdida.
Caso o paciente esqueça e entre na água usando suas lentes de contato, ao se dar conta do fato, ele deve remover imediatamente as lentes, limpá-las e desinfetá-las o mais breve possível para reduzir o risco de irritação e infecção.
Para prevenir problemas causados pelo uso das lentes de contato na hora da natação é preciso observar cuidadosamente as recomendações médicas:
  • Um cuidado permanente com o uso das lentes de contato reduz a possibilidade de contaminação;
  • É preciso substituir as lentes de contato no tempo determinado para cada modelo e sempre seguir as recomendações do oftalmologista quanto ao seu uso apropriado;
  • Lentes de contato rígidas nunca devem ser usadas durante a natação, pois elas são mais propensas a se deslocarem dos olhos;
  • Já as lentes de contato gelatinosas são mais propensas a permanecer fixas nos olhos ao nadar, mas como são produtos porosos, podem absorver produtos químicos e bactérias, aumentando o risco de irritação e infecção;
  • A água doce e a água das piscinas podem fazer com que lentes macias apertem os olhos, causando desconforto significativo;
  • A entrada de água nos olhos, durante a natação, também prejudica a produção das lágrimas naturais que lubrificam os olhos, o que pode agravar doenças oculares crônicas já existentes, como a síndrome dos olhos secos;
  • Se for necessário nadar fazendo uso das lentes de contato, o paciente deve optar pelo uso de lentes descartáveis diárias. Elas são a opção menos perigosa, por serem feitas para serem usadas e descartadas após um único uso, eliminando a necessidade de limpeza e desinfecção. Ainda assim, para que esta prática seja segura, é preciso descartar as lentes imediatamente após o contato com a água, lavar os olhos com gotas humectantes ou lágrimas artificiais aprovadas para uso com lentes de contato, e depois substituir as lentes por um novo par de descartáveis diárias, dando um intervalo de no mínimo 1 hora antes de colocar o novo par.
Uso de óculos impermeáveis
Se o paciente optar por nadar, usando lentes de contato, a melhor maneira de reduzir o risco de irritação ocular e infecção é usar óculos de natação impermeáveis. Além de proteger os olhos dos contaminantes pela água, os óculos de natação reduzem o risco de que as lentes de contato se desloquem nos olhos.
Os óculos de natação com prescrição médica são outra boa opção. Os óculos com prescrição são feitos sob medida para corrigir o erro de refração, como óculos ou lentes de contato comuns, permitindo que o paciente veja claramente debaixo d’água sem nenhum dos riscos associados com a natação utilizando lentes de contato.
Uma outra vantagem de se usar óculos de natação é poder escolher óculos com proteção UV para evitar os danos do sol aos olhos.

Fonte: IMO


Medicamento para espinhas pode provocar dano à visão.




Medicamentos usados para tratar a acne grave estão relacionados a um risco duas vezes maior de desenvolvimento de problemas oculares, tais como conjuntivite e olhos secos. A informação é proveniente de um estudo israelense, publicado no Archives of Dermatology.
A isotretinoína – que tem diversos nome comerciais, incluindo  Roacutan, Claravis e Amnesteem – é conhecida por seus efeitos colaterais graves, como atrasos no crescimento ósseo em adolescentes e abortos e defeitos congênitos, quando ingerida por mulheres grávidas. Os medicamentos à base desta substância são muito populares para o tratamento de casos de acne severa, em adolescentes e adultos.
“Alguns problemas oculares são mais comuns em pessoas com acne, mas o novo estudo, realizado com 15.000 adolescentes e jovens adultos, traz números relevantes: 14% dos participantes que tomaram isotretinoína foram tratados para doenças oculares, dentro de um ano, após o início da medicação. Isso comparado a 7% do grupo controle (livre de acne) e 9,6% de indivíduos com acne que nunca haviam tomado a isotretinoína.
Efeitos colaterais
Dentre os participantes do estudo, a queixa ocular mais comum foi a conjuntivite. Quatro em cada 100 pessoas em tratamento com isotretinoína foram diagnosticadas com conjuntivite, enquanto cerca de dois em cada 100 pessoas, que não usavam qualquer medicação para acne, foram tratadas para conjuntivite.
Depois da conjuntivite, o olho seco foi outra queixa recorrente. Isto porque a isotretinoína pode alterar o funcionamento das glândulas Meibomius nas pálpebras. Estas glândulas são responsáveis pela produção de uma substância lubrificante que impede que os olhos se tornem secos. Se as glândulas não funcionam corretamente, os olhos podem ficar irritados ou inflamados.
Além disso, a presença da isotretinoína e de seus metabolitos no filme lacrimal pode ter um efeito irritante sobre a superfície do olho.
Tratando a acne com segurança
Para que o tratamento da acne no adolescente seja feito com segurança, o ideal é consultar um dermatologista e um oftalmologista, ao mesmo tempo. Eu aconselharia os pais a levarem seus filhos ao oftalmologista, antes do início da medicação e a cada três meses, no primeiro ano de uso da droga. Porque o quanto antes os problemas oculares forem detectados, mais cedo podemos fazer uma intervenção efetiva.
Apesar de seus riscos potenciais, a droga é a única opção terapêutica para alguns pacientes. Vários estudos têm mostrado que a acne pode afetar muito a qualidade de vida de uma pessoa. Por isto, precisamos tratá-la. Muitos dos efeitos adversos da isotretinoína podem ser evitados ou minimizados se medidas apropriadas forem introduzidas com, ou logo após, a introdução da droga. Por exemplo, a prescrição destes medicamentos para acne deve ser feita junto com a de lubrificantes oculares para evitar ressecamento e irritação dos olhos.
Os efeitos benéficos preventivos e terapêuticos do uso de lágrimas artificiais também devem ser discutidas com os pacientes, especialmente entre os usuários de lentes de contato.

Fonte: IMO.

Passeio Virtual no Centro Visual Valter Justa

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Uso de maquiagem X Alergia Ocular

“Basta passar o rímel e o meu olho fica todo vermelho…”
“Não consigo aplicar o meu creme anti-sinais ao redor dos olhos, porque  eles começam a arder…”
“Meus olhos são muito sensíveis, não consigo fazer a aplicação do filtro solar na região da testa e ao redor dos olhos, pois começo a lacrimejar…”


Queixas como estas são comuns no consultório oftalmológico. A sensibilidade dos olhos aos cosméticos, cremes, maquiagem é muito grande. São  muitas as queixas femininas. Por isto procurramos listar alguns cuidados que precisam ser observados no uso destes produtos, principalmente visando a preservação da saúde ocular.
Veja algumas recomendações, a seguir:
  • Antes de aplicar ou remover a maquiagem dos olhos, lave as mãos! “Os vírus encontrados nas mãos são a causa mais frequente de conjuntivite.
  • Priorize a compra de produtos que contenham ingredientes naturais. “O óleo de cártamo é excelente para hidratação da pele do rosto; a cafeína pode auxiliar na diminuição dos danos UV para os olhos; o óleo de soja orgânica auxilia na nutrição e na proteção da pele do rosto; as sementes de toranja auxiliam no combate à produção de oleosidade nas pálpebras; o ácido alfalipóico é excelente ingrediente para cremes faciais anti-envelhecimento, e por fim, a vitamina C (sob a forma de palmitato de ascorbil) auxilia na promoção de colágeno, na redução de linhas de expressão finas e na hiperpigmentação da pele do rosto.
  • Em relação aos cremes para a área dos olhos, é recomendável evitar produtos que contenham fragrâncias. E se você usa lentes de contato, deve usar produtos que são clinicamente testados e seguros para esta área do rosto. As alergias são as grandes culpadas de seu sofrimento ocular, você pode priorizar a compra de produtos que contenham ingredientes botânicos que ajudam a acalmar a pele e descongestionar o inchaço debaixo dos olhos, como os que contêm chá verde, chá branco, romã e extratos de coffee berry.
  • Outras boas opções de cremes para a área dos olhos são os que contêm ácido hialurônico em sua formulação. Por ser um gel espesso, o ácido hialurônico é usado em diversos procedimentos cirúrgicos. Os oftalmologistas costumam injetá-lo no olho, durante a cirurgia de catarata, para manter o olho bem aberto. A substância também é injetada na derme para preencher rugas e para aumentar o teor de umidade da pele.
  • Em relação à maquiagem para a área dos olhos, além de procurar produtos hipoalergênicos, as pessoas com olhos sensíveis devem selecionar os produtos que tenham uma composição mais leve. Na hora de comprar maquiagem, a principal coisa a ter em mente não é a marca, mas a formulação dos produtos, pois pequenas partículas de rímel, de sombra ou de outro produto podem entrar no filme lacrimal e aumentar a irritação de seus olhos. O ideal é que a maquiagem dos olhos seja substituída regularmente (a cada 3 meses), porque as pessoas com olhos secos e sensíveis são mais propensas a infecções. Além disso, é recomendável evitar sombras metálicas ou com glitter. A maquiagem com glitter nos olhos  é uma causa comum de irritação da córnea e/ou infecção ocular, especialmente em usuários de lentes de contato.
  • Nunca durma maquiada. Na hora de retirar a maquiagem dos olhos, opte por um removedor suave. Veja se o rímel à prova d’água foi completamente retirado para não irritar os olhos. Além do removedor, a lavagem das pálpebras e dos cílios com uma pequena quantidade de xampu de bebê é muito eficaz para retirar completamente a maquiagem dos olhos. Para as pessoas com pele mais sensível, após a retirada da maquiagem, o ideal é lavar o rosto com água morna e limpa e aplicar uma compressa quente nos olhos, antes de dormir.
  • Não guarde qualquer maquiagem que foi usada, se você desenvolveu uma infecção no olho. No caso de reações alérgicas, você deve jogar fora qualquer maquiagem que tenha entrado em contato com seus olhos e fazer a compra de uma nova maquiagem. Não use rímel seco e não tente umedecê-lo com sua saliva ou água. O risco de infecção ocular é aumentado se você umedecer as escovas de aplicação do rímel com a saliva.
  • Não guarde a maquiagem dos olhos no carro ou em um banheiro cheio de vapor. Altas temperaturas podem fazer com que ela estrague. Não misture e nem combine os cosméticos por conta própria. Use o que é destinado para os olhos somente sobre os olhos. Não use o mesmo lápis para lábios e olhos, para evitar a disseminação de bactérias.
  • Não use coloração permanente e/ou tinturas para cílios, pois eles podem causar danos irreversíveis se não forem usados. ​​ É muito importante também não compartilhar seus cosméticos, especialmente rímel, sombras e delineador. O compartilhamento da maquiagem pode ser arriscado, pois pode favorecer a troca de bactérias também.
  • Não faça a aplicação da maquiagem nos olhos enquanto estiver dirigindo ou andando de carro, ônibus ou metrô. A varinha do rímel, por exemplo, pode facilmente arranhar sua córnea devido às freadas e paradas súbitas.
  • Não use maquiagem nos olhos se você já está com os olhos irritados ou vermelhos. E se você acha que um cosmético, em especial, irrita seus olhos, pare de usá-lo imediatamente. É recomendável também não usar delineador dentro das pálpebras, pois o produto pode entrar nos seus olhos e bloquear as glândulas produtoras de lágrimas, provocando o ressecamento dos olhos.
  • Não esqueça de lavar ou substituir todos os pincéis e esponjas de maquiagem com frequência. Não utilize amostras de maquiagem que tenham sido tocados ou usadas por outra pessoa, pois esta é uma rota comum para transmissão de infecção ocular. Se você precisa testar um produto, use um aplicador novo.
  • Não coloque as lentes de contato depois de aplicar a maquiagem nos olhos. Sempre insira as lentes de contato, antes, para evitar que resíduos de maquiagem fiquem debaixo de suas lentes, aumentando o risco de infecções.
Fonte:IMO.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Por que minhas pálpebras estão inchadas?




A pálpebra fica inchada quando há uma inflamação no olho ou quando há um excesso de fluidos (edemas) nos tecidos conjuntivos em torno dos olhos. Este inchaço pode ser doloroso ou não e afetar tanto as pálpebras superiores quanto as inferiores.
Existem várias razões que podem explicar o inchaço nos olhos, tais como infecções, lesões oculares, traumas e mais comumente alergias. O inchaço nas pálpebras pode ser também um sinal de um problema de saúde potencialmente mais grave, como a celulite orbitária, a doença de Graves ou o herpes ocular. Por isso é importante procurar um oftalmologista, se os sintomas persistirem ou piorarem.
Sintomas associados ao inchaço 
Olhos inchados são normalmente acompanhados por uma ou mais das seguintes características:
  • Irritação nos olhos, como uma sensação de coceira ou arranhado;
  • Excesso de produção de lágrimas, resultando em olhos lacrimejantes;
  • Visão obstruída;
  • Vermelhidão da pálpebra;
  • Olhos vermelhos e inflamação da conjuntiva;
  • Secreção ocular;
  • Ressecamento ou descamação das pálpebras;
  • Dor, em particular, quando as pálpebras inchadas são causadas por infecção.
Causas do inchaço 
 Existem várias causas subjacentes para o surgimento do inchaço nas pálpebras, variando de situações leves a potencialmente ameaçadoras à visão.
A seguir algumas delas:
  • Alergias: Alergias oculares ocorrem quando o sistema imunológico reage exageradamente a uma substância estranha, chamada de alérgeno. Pólen, poeira, pêlos de animais, alguns colírios e soluções para lentes de contato são alguns dos alérgenos oculares mais comuns. Uma reação alérgica a maquiagem também pode provocar o conhecido inchaço nos olhos. “Alergias oculares se desenvolvem quando os olhos liberam químicos ‘mediadores’ para proteger os olhos dos alérgenos aos quais é sensível. O mais comum é a histamina, que faz com que os vasos sanguíneos se dilatem e inchem, que as mucosas comecem a coçar e que seus olhos se tornem vermelhos e lacrimejantes”.
  • Conjuntivite: “A conjuntivite é uma inflamação da mucosa clara da superfície do olho, a conjuntiva. Pode ser de ordem alérgica, bacteriana e/ou viral e podem resultar em inchaço das pálpebras, dentre outros sintomas, como olhos lacrimejantes, vermelhos e coceira”.
  • Terçol: O terçol é causado por uma infecção bacteriana e provoca uma inflamação na glândula meibomiana. “Quando essas glândulas ficam bloqueadas, o inchaço na pálpebra é um sintoma típico. Um terçol pode provocar inchaço em toda a pálpebra, deixando-a sensível ao toque também”.
  • Calázio: “O calázio, também causado por bloqueio na glândula meibomiana, num primeiro momento ‘imita um terçol’, mas então, se desenvolve e se transforma num cisto sebáceo duro. O terçol só ocorre na borda da pálpebra, enquanto o calázio se desenvolve tipicamente longe da borda. Ambos, terçol e calázio provocam inchaço nas pálpebras e sensibilidade da área afetada”.
  • As lesões oculares: “Qualquer trauma na área dos olhos, incluindo uma contusão na pálpebra ou um trauma causado por uma cirurgia plástica (blefaroplastia) pode provocar inflamação e inchaço nos olhos”.
  • Uso de lentes de contato: “Cuidados inadequados com o uso das lentes de contato – o uso de lentes mal higienizadas, nadar com lentes de contato ou armazenar a lente num estojo sujo – podem causar uma infecção nos olhos e inchaço nas pálpebras. Usar lentes de contato vencidas ou danificadas também podem irritar os olhos e causar o inchaço.
  • Blefarite: É uma inflamação das pálpebras, geralmente causada pela produção excessiva de uma camada lipídica gerada por umaglândula encontrada na pálpebra. A blefarite é caracterizada por pálpebras inchadas e dolorosas e podem ser acompanhadas por caspa, mudanças na pele da pálpebra, perda dos cílios. “A blefarite é geralmente uma condição crônica, ou seja, os sintomas podem ser controlados com o tratamento adequado e com práticas de higiene rígidas, mas nunca é totalmente curada. Muitas vezes, está associada com uma infecção bacteriana, mas pode também ser atribuída à acne rosácea e à Síndrome do Olho Seco”.
  • Celulite orbitária: Esta é uma infecção bacteriana rara e muito séria dos tecidos circundantes do olho, resultando em inchaço doloroso da pálpebra superior e inferior, e, eventualmente, da sobrancelha e da bochecha. Os sintomas ainda incluem olhos saltados, diminuição da visão, febre e dor, quando o paciente move os olhos. “A celulite orbitária é uma emergência médica e precisa ser tratada rapidamente para evitar a lesão do nervo óptico, a perda permanente da visão, dentre outras complicações graves. Se a infecção é limitada ao tecido mole das pálpebras, chamada de pré-celulite do septo, ela é menos grave do que a celulite orbital e pode muitas vezes ser tratada com medicação tópica, sem hospitalização. No entanto, o paciente precisa ficar atento, o início súbito dos sintomas acima mencionados deve ser considerado uma emergência médica.
  • Herpes ocular: Transmitida pelo vírus herpes simples comum, a herpes ocular é por vezes apelidada de “afta do olho” e causa inflamação (e às vezes cicatrizes) na córnea. “Os sintomas da herpes ocular podem ser semelhantes ao da conjuntivite, no entanto, podem surgir feridas dolorosas na pálpebra, visão embaçada devido à opacidade da córnea e inchaço nos olhos, que obstruem a visão. Os tipos de herpes ocular variam de uma infecção ligeira a uma forma mais grave que pode resultar em transplante de córnea ou mesmo em perda de visão.
  • Doença de Graves: Esse distúrbio ocular, decorrente de uma tireoide hiperativa (hipertireoidismo), muitas vezes, está associado a inchaços, pálpebras inchadas, olhos saltados, visão dupla e pálpebras caídas (ptose). “Se o paciente apresentar algum destes sintomas, deve consultar o oftalmologista o mais rápido possível para diagnóstico e tratamento adequado.
  • Bolsas palpebrais: “espécie de inchaço devido à flacidez dos tecidos que formam as pálpebras, com o aparecimento da gordura palpebral.
Tratamento de olhos inchados 
Segundo Sandra Alice Falvo, o tratamento das pálpebras inchadas depende da sua causa subjacente. “Se os olhos dos pacientes estão inchados devido a alergias, colírios anti-histamínicos ou medicamentos de alergia oral, bem como lubrificantes podem ajudar a aliviar os sintomas. O oftalmologista também poderá prescrever colírios esteroides suaves para reações alérgicas mais graves.
Outras causas, como infecção, conjuntivite ou herpes ocular respondem bem a antibióticos, colírios antivirais e a pomadas oculares anti-inflamatórios.  “Crises mais leves de inchaço nas pálpebras podem ser tratadas em casa. Em primeiro lugar, o paciente deve evitar esfregar os olhos, pois isso só irá agravar a sua condição. Além disso, se ele usa lentes de contato, deve descontinuar o uso até que o inchaço passe. A aplicação de uma compressa fria, por vezes, pode reduzir o inchaço das pálpebras, bem como compressas de água fria nas pálpebras fechadas. Mas é importante ter em mente que, se os sintomas persistirem ou piorarem, ou se o paciente sentir qualquer dor no olho, deve consultar o oftalmologista imediatamente.
5 dicas para prevenir o inchaço nos olhos 
  • Vá ao médico oftalmologista. Não se automedique!;
  • Faça um teste de alergia. Se pálpebras inchadas e outros sintomas de alergias são uma ocorrência regular, você precisa fazer um teste de alergia. Ao saber a que você é alérgico, você pode tentar evitar alguns alérgenos específicos ou, pelo menos, minimizar sua exposição a eles;
  • Opte por maquiagem e outros produtos de beleza hipoalergênicos e sem perfume para ajudar a evitar crises alérgicas. Você também pode fazer um teste na parte interna do seu pulso antes de usar a maquiagem em seu rosto para afastar qualquer reação alérgica;
  • Se você usa colírios regulamente, prefira os sem conservantes. Os conservantes em colírios inibem o crescimento de bactérias, mas algumas pessoas são alérgicas a estes conservantes;
  • Se você usa lentes de contato, você pode minimizar o risco de infecção ocular ou irritação, observando rigorosamente as normas de higiene adequadas, incluindo a substituição frequente de suas lentes de contato e do estojo de conservação das mesmas.

domingo, 19 de junho de 2016

Pacientes com Glaucoma avançado X Maior risco de acidentes automobilísticos.






O primeiro estudo a comparar as taxas de acidentes dos motoristas que têm glaucoma avançado – doença ocular que afeta a visão periférica – com as taxas dos motoristas com visão normal, descobriu que os portadores de glaucoma apresentam o dobro do risco de se envolverem em acidentes de trânsito.

O estudo – realizado no Japão e que utilizou um simulador de condução – sugere que todos os motoristas devem passar por um teste de campo visual para garantir que apresentam uma visão periférica adequada, antes de obter a concessão ou a renovação da carteira de motorista.  Os resultados da pesquisa foram apresentados durante a  Reunião Anual da Academia Americana de Oftalmologia.

É preciso entender que o glaucoma pode restringir parcialmente ou severamente a visão periférica de uma pessoa, sem danificar a sua visão central ou sua acuidade visual. Isto significa que muitas pessoas que têm a doença são capazes de passar nos testes de acuidade visual, o que não significa que elas estão aptas a conduzir um automóvel, pois lhes falta uma boa visão periférica. É a visão periférica que nos permite avaliar e acompanhar o fluxo do tráfego, para que possamos nos manter na faixa adequada, e detectar semáforos, pedestres, veículos e outros obstáculos no meio do caminho.
Neste estudo, realizado na Escola de Medicina da Universidade de Tohoku, em Sendai, no Japão, dois grupos de 36 pessoas cada, foram testados usando um simulador de condução. O primeiro grupo era composto por pacientes com glaucoma avançado e o segundo grupo era composto por pacientes com visão normal. Os grupos foram pareados por idade, experiência de condução e outras características. O cenário de acidente mais testado foi a entrada repentina de uma criança, um carro ou outro objeto no caminho do motorista do lado. O grupo com glaucoma obteve mais do que o dobro de colisões que o grupo com visão normal.

Uma doença que afeta a muitos

O glaucoma é uma das principais causas de cegueira no Brasil e no mundo e um problema de saúde pública, visto que a principal consequência dessa moléstia é a perda irreversível da visão. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 6,7 milhões de pessoas são cegas em decorrência do glaucoma.

O glaucoma é a segunda maior causa de cegueira na população mundial e perde somente para a catarata, que, ao contrário do glaucoma, é causa de cegueira reversível.

Estima-se que 66,8 milhões de indivíduos no mundo sejam acometidos pelo glaucoma primário de ângulo aberto (GPAA), sua forma mais prevalente, responsável por cegueira bilateral em 10%. Nos Estados Unidos, mais de dois milhões de pessoas são portadoras de GPAA e estima-se que até 2020, este número aumente para três milhões. No Brasil, apesar das dificuldades em obtenção de dados, estima-se que 500 mil brasileiros com idade acima de 40 anos apresentem glaucoma.

Quando não tratado, o glaucoma reduz a visão periférica e, eventualmente, causa cegueira por danificar o nervo óptico, que é o responsável pelo envio de sinais da retina para o cérebro, onde estes sinais são interpretados como as imagens que as pessoas enxergam. Apenas metade das pessoas que têm glaucoma está ciente disso, pois a doença é indolor e a perda de visão é muito gradual.

Conforme as populações envelhecem em todo o mundo, as autoridades de trânsito estão buscando mais medidas para garantir a segurança nas estradas. Nos Estados Unidos, por exemplo, a exigência de testes do campo visual varia de estado para estado, 12 das 51 jurisdições americanas já restringem licenças de motorista para condutores com deficiência visual. Alguns estados ou territórios exigem a instalação de espelhos adicionais nos veículos destes motoristas.

Os pesquisadores japoneses, autores do estudo, sugerem que para assegurar a segurança de todos nas estradas, seria importante a criação de novas diretrizes de visão para pacientes com glaucoma. A obrigatoriedade dos testes de campo visual como requisito para obtenção e renovação da carteira de motorista pode salvar muitas vidas.

Com assistência médica adequada, pacientes com glaucoma podem manter um nível de visão que permita uma condução segura, essencialmente nos casos em que o glaucoma é diagnosticado cedo e o paciente não apresenta perda significativa em seu campo visual. Isto porque quando o diagnóstico é feito no início da doença, o oftalmologista pode tratar o glaucoma apropriadamente, retardando sua progressão. A Academia Americana de Oftalmologia recomenda que todos os motoristas façam um exame oftalmológico completo, aos 40 anos, de modo que o glaucoma e outras doenças oculares relacionadas à idade possam ser diagnosticados e tratados precocemente para minimizar a perda de visão. 
Fonte: IMO.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Educação continuada do Corpo Clínico

Aconteceu mais um encontro de educação continuada de nosso corpo clínico. Neste mês o assunto foi cirurgia refrativa . Contamos ainda com a apresentação do laboratório Óptico Rodenstock explanando sobre os mais recentes lançamentos de suas lentes progressivas e tratamentos antireflexos.


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Dicas de visão : evitando acidentes!

Quando se trata de acidentes com os olhos, o melhor remédio é a prevenção, pois algumas lesões podem causar desde a perda da qualidade da visão até a cegueira irreversível. O descuido com objetos pontiagudos, a falta do uso de equipamentos de proteção em ambientes de trabalho e o desconhecimento do perigo que alguns produtos químicos representam causam diversos acidentes com os olhos.

Quando esses acidentes ocorrem, é importante saber que medidas devem ser tomadas e procurar com urgência por atendimento oftalmológico, pois apenas uma avaliação médica pode dimensionar a lesão e evitar complicações no futuro. Como evitar acidentes com os olhos

Cozinhando
Quando estiver cozinhando, deixe sempre o cabo da panela virado para dentro do fogão para evitar que ela vire em função de algum esbarrão. Mantenha a penela sempre tampada, pois o líquido quente pode respingar e causar queimaduras nos olhos.

Produtos de Limpeza
Mantenha produtos de limpeza longe do alcance das crianças. Evite guardá-los nas prateleiras mais baixas de armários ou sob a pia. Eles podem causar queimaduras químicas se acidentalmente entrarem em contato com os olhos. O mesmo se aplica a medicamentos, que não podem ser aplicados nos olhos sem prescrição médica ou em doses diferentes do que foi recomendado.

Objetos e Crianças
Não permita que crianças brinquem com objetos pontiagudos, como facas, garfos e tesouras com pontas, pois eles representam risco de perfuração ocular.

Plantas
Cuidado com as plantas pontiagudas e espinhosas, que podem ferir os olhos. As que soltam líquido leitoso podem causar irritação se atingirem os olhos.

Cigarros
Não fume próximo a crianças pequenas. Ao pegá-las no colo ou ao movimentar o braço elas podem sofrer queimadura ocular.

Animais
Oriente as crianças sobre o cuidado em suas brincadeiras com animais (eles podem bicar, arranhar ou morder a região os olhos) e ainda a lavar bem as mãos após suas brincadeiras. As fezes de alguns animais (principalmente gatos e aves) podem transmitir toxoplasmose, doença que provoca inflamação nos olhos.

Esportes aquáticos
Ao praticar esportes aquáticos, use óculos de proteção: os germes e os produtos químicos presentes na água podem causar irritações e inflamações nos olhos.

Coçar os olhos
O hábito de coçar os olhos pode facilitar o aparecimento de infecções e desencadear doenças nos olhos, por isso evite coçá-los repeditamente e oriente as crianças sobre isso.

No carro
Crianças de até 10 anos devem ser conduzidas sempre no banco traseiro. Pessoas de qualquer idade devem usar sempre o cinto de segurança: ele é capaz de evitar perfurações nos olhos, em caso de acidente.

No trabalho
Os acidentes com os olhos nos locais de trabalho são basicamente ocasionados por falta de proteção eficiente, iluminação ou ventilação inadequadas e imprudência no manuseio de equipamentos ou materiais com potencial de risco para os olhos. Alguns ambientes de trabalho (como linhas de produção industriais e construção civil) representam um risco de ocorrência de trauma ocular. Previna-se de acidentes usando equipamento de proteção adequado à sua atividade e não expondo seus olhos às ameaças encontradas em seu ambiente de trabalho.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Arte para tocar


Projeto usa impressoras 3D para recriar pinturas famosas e torná-las acessíveis para pessoas com deficiência visual.

Conhecidas pinturas de arte em objetos tridimensionais é o objetivo do designer finlandês Marc Dillon com seu projeto Unseen Art. O propósito disso: proporcionar a deficientes visuais a experiência de apreciar uma obra de arte clássica. "Como é o sorriso enigmático da Monalisa? ", ou "Como são as pinceladas de Van Gogh?"são questões que ele quer responder. Utilizando imagens 3D e impressões 3D à base de areia, as obras são reproduzidas com fidelidade aos traços e textura da atinta. O resultado é mágico e tocante: deficientes experimentam com suas mãos a arte que é invisível aos olhos, mas não no coração.

UNSEEN ART / www.unseenart.org



sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Conjuntivite Viral

Conjuntivite

O que é?

A conjuntivite é uma doença que se caracteriza pela inflamação da conjuntiva, causada por agentes tóxicos, alergias, bactérias ou vírus. A conjuntiva é a membrana transparente que recobre o globo ocular e a parte interna da pálpebra. A conjuntivite viral é altamente contagiosa, freqüente no verão, e apesar de não ser grave provoca muito incômodo e alguns cuidados devem ser tomados para que não se transforme em epidemia.

Geralmente compromete os dois olhos, não necessariamente ao mesmo tempo, sendo o contagio feito pelo contato direto com a pessoa doente ou objetos contaminados. Esta contaminação ocorre com maior facilidade em ambientes fechados como escolas, creches e ônibus.

Sintomas

Os principais sintomas da conjuntivite são:
Olho vermelho e lacrimejante;
Inchaço nas pálpebras;
Intolerância à luz;
Visão embaçada;
Visão borrada.

A secreção da conjuntivite viral é mais esbranquiçada, em pequena quantidade e demorando aproximadamente 15 a 20 dias para desaparecer com tratamento adequado. A secreção da conjuntivite bacteriana é mais amarelada e abundante. Demorar de 5 a 7 dias para desaparecer com tratamento adequado.

Tratamento

Não existe tratamento específico para conjuntivite viral. Para diminuir os sintomas e o desconforto pode-se utilizar soro fisiológico gelado e compressas sobre as pálpebras, limpar os olhos com frequência, ou ainda, usar colírios lubrificantes e lágrimas artificiais.

Algumas medidas podem ser tomadas para se evitar a propagação da conjuntivite viral:
Lave suas mãos com frequência.
Não coloque as mãos nos olhos para evitar a recontaminação.
Evite coçar os olhos para diminuir a irritação da área.
Lave as mãos antes e depois do uso de colírios ou pomadas.
Ao usar, não encoste o frasco do colírios ou da pomada no olho.
Evite a exposição à agentes irritantes (fumaça) e/ou alégenos (pólen) que podem causar a conjuntivite.
Não use lentes de contato enquanto estiver com conjuntivite.
Não use lentes de contato se estiver usando colírios ou pomadas.
Não compartilhar lençóis, toalhas, travesseiros e outros objetos de uso pessoal de quem está com conjuntivite;
Evitar piscinas.

É importante que haja o acompanhamento do oftalmologista para um diagnóstico preciso e tratamento adequado. A conjuntivite bacteriana deve além desses cuidados, usar colírios e antibióticos prescritos somente pelo oftalmologista.

Prevenção

É difícil prevenir-se das conjuntivites, mas algumas medidas podem diminuir o risco de você adquirir uma conjuntivite, que são:
Não use maquiagem de outras pessoas (e nem empreste as suas).
Evite compartilhar toalhas de rosto.
Lave as mãos com frequência e não coloque-as nos olhos.
Use óculos de mergulho para nadar, ou óculos de proteção se você trabalha com produtos químicos
Não use medicamentos (pomadas, colírios) sem prescrição (ou que foram indicados para outra pessoa).
Evite nadar em piscinas sem cloro ou em lagos

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

A origem dos óculos de sol.

A origem dos óculos de sol

Incrivelmente, o primeiro utensílio acoplado em frente aos olhos para protegê-los dos raios do sol remonta à pré-história. Eram feitos de madeira, osso ou marfim e nem sequer usavam vidros (lógico), mas ainda assim são consideradas os primeiras óculos de sol usado pelo homem. Simples e funcionais, sua invenção é devida ao talento de um povo que sobrevive a um dos climas mais extremos do planeta: os Esquimós.


Antes de falar vou esclarecer que usei o termo "esquimó" para que pudesse ser rapidamente identificado por todo mundo, mas dias atrás fiquei sabendo que a maioria deles não gostam nem um pouquinho deste termo por ser considerado depreciativo. Quando sabemos o significado original da palavra esquimó -devorador de carne crua-, podemos entender o porquê desta rejeição. Eles preferem ser chamados de Inuit, que significa Povo ou Inut que seria o singular e que significa Pessoa.

Pois os Inuit tinham um sério problema que afetava-os com frequência: a Cegueira das Neves. O clima Ártico é um ótimo local para sofrer desta doença: atmosfera clara, alto grau de radiação ultravioleta e o grande poder refletor da neve facilita a chegada direta dos raios do sol aos olhos.


Mas como todos sabemos, a necessidade aguça a criatividade e toscos anteolhos feitos com tiras de pele de baleia ou tendões de animais  com pequenas fendas que permitiam ver, mas que filtravam grande parte da luminosidade ambiental, foram suficientes para superar de um modo bastante eficiente  um importante obstáculo de sobrevivência.

Óculos de marfim

Óculos de chifre de caribu.
Alguns têm mais de 2.000 anos de antiguidade.

Atualmente, a maioria dos Inuit usam modernos óculos de neve.
Mas asseguram que seu antigo modelo tem algumas vantagens sobre as modernas. Exemplo, por não serem feitos com cristal, nem embaçam e tampouco congelam.


Modelo de óculos para a neve que eram usados pelos exploradores europeus. A maioria acabariam adotando o modelo Inuit.

Ademais, o princípio dos óculos Inuit é ensinado em cursos de sobrevivência, caso se vejam imersos em um clima propenso a provocar cegueira das neves, não seria complicado fabricar o modelo com o uso de papelão, plástico ou qualquer outro material.


Inclusive a NASA estudou estes óculos Inuit e desenvolveu fórmulas para saber quantos milímetros de abertura para os olhos devem ter levando em conta a luminosidade existente, a distância, etc. 
Todas estas informações acima podem ser conferidadas no site Metamorfose Digital.

Existe também a história que conta a origem dos óculos escuros com lentes de vidro. Veja:

A primeira lente escura conhecida foi uma lâmina verde usada pelo imperador  Nero, no século I. Segundo Miguel Giannini, do Museu dos Óculos Gioconda Giannini, a lente de Nero era provavelmente de vidro.
O primeiro par de óculos com lentes escuras e armação surgiu na Alemanha, no século XIII, ainda pesado e desconfortável. Foram os franceses, no século seguinte, que introduziram um novo design e o nome de pince-nez (pinça de nariz), porque ficava preso na ponta do nariz. O modelo com duas hastes laterais, como os atuais, surgiu apenas no século XVII e, até o século XX, era feito sempre com lentes verdes. Na década de 60, esse cristal, pesado, foi substituído pelo acrílico e pelo policarbonato. As lentes coloridas tornaram-se moda na década de 70. 
Um óculos de sol de boa qualidade deve bloquear os raios UVA, UVB e UVC, que podem atingir os olhos, favorecendo o surgimento de lesões ou doenças oculares, como a catarata e o envelhecimento prematuro. Um óculos de sol de má qualidade pode causar o efeito inverso, não protegendo contra os raios ultravioleta e ainda dilatando as pupilas, fazendo com que a exposição aos raios solares seja ainda maior